Sete pontes de Königsberg
Grafo estilizado das sete pontes de Königsberg |
Sete pontes de Königsberg é um famoso problema histórico da matemática resolvido por Leonhard Euler em 1736, cuja solução originou a teoria dos grafos.
Retrato de Leonhard Euler, |
Discutia-se nas ruas da cidade
a possibilidade de atravessar todas as pontes sem repetir nenhuma. Havia-se
tornado uma lenda popular a possibilidade da façanha quando Euler, em 1736,
provou que não existia caminho que possibilitasse tais restrições.
Euler usou um raciocínio muito
simples. Transformou os caminhos em retas e suas
intersecções em pontos, criando possivelmente o primeiro grafo da
história.
Grafo de Königsberg |
Então percebeu que só seria
possível atravessar o caminho inteiro passando uma única vez em cada ponte se
houvesse exatamente zero ou dois pontos de onde saísse um número ímpar de
caminhos. A razão de tal coisa é que de cada ponto deve haver um número par de
caminhos, pois será preciso um caminho para "entrar" e outro para
"sair". Os dois pontos com caminhos ímpares referem-se ao início e ao
final do percurso, pois estes não precisam de um para entrar e um para sair,
respectivamente. Se não houver pontos com número ímpar de caminhos, pode-se (e
deve-se) iniciar e terminar o trajeto no mesmo ponto, podendo esse ser qualquer
ponto do grafo. Isso não é possível quando temos dois pontos com números
ímpares de caminhos, sendo obrigatoriamente um o início e outro o fim.
Duas das sete pontes originais
da cidade foram destruídas durante o bombardeamento de Königsberg em
agosto de 1944.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ilha das sete pontes da antiga Königsberg (atual Kaliningrado)
Kaliningrado - Federação Russa - Imagem Google earth
Kaliningrado
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Caliningrado ou Kaliningrado (em russo: Калининград, tradução: em Inglês: Kaliningrad; em polaco: Królewiec; em lituano: Karaliaučius) é a capital da província russa homônima, enclave russo entre a Polonia e a Lituânia, à beira do Mar Báltico. Fundada em 1255 pelos Cavaleiros Teutónicos sob o nome de Conisberga (em alemão: Königsberg, "montanha do rei"), foi de 1466 a 1656 parte da Polonia. Também foi a capital da Prússia Oriental, e depois fez parte do Império Alemão a partir de 1871.
Famosa por ter tido entre os seus habitantes o filósofo Immanuel Kant, a cidade também é célebre pelo problema das sete pontes de Königsberg, resolvido por Euler em 1736.
História
A Região de Kaliningrado foi formada em 1945. Durante a Conferência de Potsdam com a União Soviética, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha sobre a Eliminação da Prússia Oriental, a parte norte de lá após a Segunda Guerra Mundial passou para União Soviética.
A cidade
e sua população sofreram no final da Segunda Guerra Mundial os severos bombardeamentos aliados,
sendo bastante devastada. Após a Guerra, foi rebatizada para
"Caliningrado" (do nome do presidente do Comité Central
do Partido Comunista, Mikhail Kalinin),
quando a União Soviética anexou
os territórios da região de Caliningrado.
O problema das pontes de Königsberg.
Uma tentativa de solução "pegadas" é traçada (pontos na cor vermelho
escuro). Neste caso, apenas cinco pontes foram cruzadas e o
pedestre está de volta em casa. Se em seguida, uma sexta ponte é atravessada
(pontos na cor cinza), não é possível voltar para casa. Todas as sete pontes
não podem ser percorridas num único caminho sem repetir uma delas.
Mapa: Baedeker, Atlas do Norte da Alemanha, 1890.
Teoria dos grafos
A teoria dos grafos é um ramo da matemática que estuda as
relações entre os objetos de um determinado conjunto. Para tal são empregadas
estruturas chamadas de grafos,
G (V, A), onde V é um conjunto não vazio de objetos denominados vértices e A é
um conjunto de pares não ordenados de V, chamado arestas.
Histórico
Definições de grafos e digrafos
Glossário dos conceitos básicos de teoria dos grafos
Um grafo com 6 vértices e 7 arestas
Os grafos são geralmente representados graficamente da seguinte maneira: é desenhado um círculo para cada vértice, e para cada aresta é desenhado um arco conectando suas extremidades. Se o grafo for direcionado, seu sentido é indicado na aresta por uma seta.
Note que essa representação gráfica (o layout) não deve ser confundida com o grafo em si (a estrutura abstrata, não gráfica). Vários diferentes layouts podem corresponder ao mesmo grafo. O que importa é quais vértices estão conectados entre si por quantas arestas.
O grafo de exemplo exibido à direita é um grafo simples com o conjunto de vértices V = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e um conjunto de arestas E = {{1,2}, {1,5}, {2,3}, {2,5}, {3,4}, {4,5}, {4,6}} (com o mapeamento w sendo a identidade).
Uma aresta conecta dois vértices; esses dois vértices são ditos como incidentes à aresta. A valência (ou grau) de um vértice é o número de arestas incidentes a ele, com loops contados duas vezes. No grafo de exemplo os vértices 1 e 3 possuem uma valência de 2, os vértices 2, 4 e 5 têm a valência de 3 e o vértice 6 tem a valência de 1. Se E é finito, então a valência total dos vértices é o dobro do número de arestas. Em um digrafo, distingue-se o grau de saída (o número de arestas saindo de um vértice) e o grau de entrada (o número de arestas entrando em um vértice). O grau de um vértice é igual à soma dos graus de saída e de entrada.
Dois vértices são considerados adjacentes se uma aresta existe entre eles. No grafo acima, os vértices 1 e 2 são adjacentes, mas os vértices 2 e 4 não são. O conjunto de vizinhos de um vértice consiste de todos os vértices adjacentes a ele. No grafo-exemplo, o vértice 1 possui 2 vizinhos: vértice 2 e vértice 5. Para um grafo simples, o número de vizinhos de um vértice é igual à sua valência.
Na computação, um grafo finito direcionado ou não direcionado (digamos com n vértices) é geralmente representado por sua matriz de adjacência: uma matriz n-por-n cujo valor na linha i e coluna j fornecem o número de arestas do i-ésimo ao j-ésimo vértices.
Se for possível estabelecer um caminho de qualquer vértice para qualquer outro vértice de um grafo, diz-se que o grafo é conexo. Se for sempre possível estabelecer um caminho de qualquer vértice para qualquer outro vértice mesmo depois de remover k-1 vértices, então se diz que o grafo está k-conexo. Note que um grafo está k-conexo se, e somente se, contém k caminhos independentes entre qualquer par de vértices. O grafo de exemplo acima é conexo (e, portanto 1-conexo), mas não é 2-conexo.
Em um grafo genérico G, o corte associado a um conjunto X de vértices é o conjunto de todas as arestas que têm uma ponta em X e outra em V(G)-X, onde V(G) é o conjunto de todos os vértices pertencentes ao grafo G.
Tipos de grafos
Grafo simples é um grafo não direcionado, sem laços e que existe no máximo uma aresta entre quaisquer dois vértices (sem arestas paralelas). No grafo de exemplo, (1, 2, 5, 1, 2, 3) é um caminho com comprimento 5, e (5, 2, 1) é um caminho simples de comprimento 2.
Em teoria dos grafos, um grafo é simples se ele não tem laços nem mais de uma aresta ligando dois vértices.
Em grande parte dos textos o adjetivo simples (ou regular) é omitido estando, no entanto, subentendido. Um grafo que não é simples, diz-se um multigrafo.
Número de arestas
Número de arestas
O número de arestas de um grafo simples G é expresso por:
Grafo completo é o grafo simples em que, para cada vértice do grafo, existe uma aresta conectando este vértice a cada um dos demais. Ou seja, todos os vértices do grafo possuem mesmo grau. O grafo completo de n vértices é frequentemente denotado por Kn. Ele tem n(n-1)/2 arestas (correspondendo a todas as possíveis escolhas de pares de vértices).
Um grafo completo é um grafo simples em que todo vértice é adjacente a todos os outros vértices. O grafo completo de n vértices é frequentemente denotado por kn.
Número de arestas
Planaridade
O teorema de Kuratowski tem como consequência que um grafo Kn é um grafo planar se e somente se Kn ≤ 4.
Grafo K4 plano
Grafo com 4 vértices e 6 arestas.
É um grafo completo, conexo e planar.
Grafo bipartido completo
Grafo bipartido completo
Existem vários outros tipos de grafos conforme consta em: Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_grafos |
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