Geometria analítica
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Sistema cartesiano de coordenadas
Em matemática, a expressão geometria
analítica possui dois significados distintos. O significado moderno
e avançado se refere à geometria das variedades
analíticas.
A geometria
analítica, também chamada geometria
de coordenadas e de geometria cartesiana, é o
estudo da geometria por
meio de um sistema de
coordenadas e dos
princípios da álgebra e da análise. Ela contrasta com a abordagem sintética da geometria
euclidiana, em que certas noções geométricas são consideradas primitivas, e é utilizado o raciocínio dedutivo a partir de axiomas e teoremas para obter proposições verdadeiras. A
geometria analítica é muito utilizada na física e na engenharia,
e é o fundamento das áreas mais modernas da geometria, incluindo geometria
algébrica, diferencial, discreta e computacional.
Em geral, o sistema de coordenadas cartesianas é usado para manipular equações para planos, retas, curvas
e círculos, geralmente em duas dimensões, mas
por vezes também em três ou mais dimensões. A geometria analítica ensinada nos
livros escolares pode ser explicada de uma forma mais simples: ela diz respeito
à definição e representação de formas geométricas de modo numérico e a extração
de informação numérica dessa representação. O resultado numérico também pode,
no entanto, ser um vetor ou uma forma. O fato de que a álgebra dos números reais pode ser empregada para
produzir resultados sobre o contínuo linear da geometria baseia-se no axioma
de Cantor-Dedekind.
História
Discurso do Método
1637
A introdução da
geometria analítica constituiu o início da matemática moderna. A geometria analítica
é atribuída tradicionalmente a René Descartes, que
fez um progresso significante em seus métodos em um ensaio chamado Geometria,
que foi um dos anexos publicados no seu Discurso do Método, em 1637. Este
trabalho e os seus princípios filosóficos criaram as fundações para o cálculo
infinitesimal na Europa, que foi
mais tarde desenvolvido independentemente por Isaac Newton e Gottfried Wilhelm
Leibniz.
Abraham de Moivre também foi pioneiro
no desenvolvimento da geometria analítica.
Temas
Os temas importantes
de geometria analítica incluem:
· Espaço vetorial;
· Definição
do plano;
· Problemas
de distância;
· O produto escalar para obter o ângulo entre dois
vectores;
· O produto vetorial para obter um vector perpendicular a
dois vetores conhecidos (e também o seu volume espacial);
· Problemas
de intersecção.
Muitos destes
problemas envolvem álgebra linear.
Geometria analítica moderna
A geometria analítica, no contexto da geometria algébrica, é também o nome da teoria das variedades complexas e dos espaços analíticos mais gerais. Está ligada à geometria algébrica, especialmente pelo trabalho de Jean-Pierre Serre.
Geometria analítica moderna
A geometria analítica, no contexto da geometria algébrica, é também o nome da teoria das variedades complexas e dos espaços analíticos mais gerais. Está ligada à geometria algébrica, especialmente pelo trabalho de Jean-Pierre Serre.
René Descartes
Portrait of René Descartes
(1596-1650)
René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de março de 1596 – Estocolmo, 11
de fevereiro de 1650) foi um filósofo,
físico e matemático francês. Durante
a Idade Moderna também era conhecido por seu nome latino Renatus
Cartesius.
Notabilizou-se, sobretudo por seu
trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também
obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com
a geometria -
fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que
hoje leva o seu nome. Por fim, ele foi uma das figuras-chave na Revolução
Científica.
Descartes, por vezes chamado de
"o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática
moderna", é considerado um dos pensadores mais
importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou
contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da
filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores
supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que a partir
de Descartes inaugurou-se o racionalismo da Idade
Moderna. Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas um
movimento filosófico que, de certa forma, seria o seu oposto - o empirismo,
com John Locke e David Hume.
Pensamento
O pensamento de Descartes é revolucionário para uma sociedade feudalista em que ele nasceu, onde a influência da Igreja ainda era muito forte e quando ainda não existia uma tradição de "produção de conhecimento". Aristóteles tinha deixado um legado intelectual que o clero se encarregava de disseminar.
Pensamento
O pensamento de Descartes é revolucionário para uma sociedade feudalista em que ele nasceu, onde a influência da Igreja ainda era muito forte e quando ainda não existia uma tradição de "produção de conhecimento". Aristóteles tinha deixado um legado intelectual que o clero se encarregava de disseminar.
Foi um dos
precursores do movimento, considerado o pai do racionalismo, e
defendeu a tese de que a dúvida era o primeiro passo para se chegar ao
conhecimento.
Descarte viveu numa
época marcada pelas guerras religiosas entre Protestantes e Católicos na Europa
- a Guerra dos Trinta
Anos. Viajou muito e viu que sociedades diferentes têm crenças diferentes,
mesmo contraditórias. Aquilo que numa
região é tido por verdadeiro, é considerado ridículo, disparatado e falso em
outros lugares.
Descartes viu que os
"costumes", a história de um povo, sua tradição "cultural"
influenciam a forma como as pessoas veem e pensam naquilo em que acreditam.
O primeiro pensador moderno
Descarte é considerado o primeiro filósofo moderno. A sua contribuição à epistemologia é essencial, assim como às ciências naturais por ter estabelecido um método que ajudou no seu desenvolvimento. Descarte criou, em suas obras Discurso sobre o método e Meditações - a primeira escrita em francês, a segunda escrita em latim, língua tradicionalmente utilizada nos textos eruditos de sua época - as bases da ciência contemporânea.
O método cartesiano consiste no Ceticismo
Metodológico - que nada tem a ver
com a atitude cética: duvida-se de
cada ideia que não seja clara e distinta. Ao contrário dos gregos antigos e dos
escolásticos, que acreditavam que as coisas existem simplesmente porque precisam existir, ou porque
assim deve ser etc., Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe
aquilo que puder ser provado, sendo o ato de duvidar indubitável. Baseado
nisso, Descartes busca provar a existência do próprio eu (que duvida, portanto,
é sujeito de algo - ego cogito ergo sum- eu que penso, logo
existo) e de Deus.
Também consiste o
método de quatro regras básicas:
- verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada;
- analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples;
- sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro;
- enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento.
Ele dividia a
realidade em res cogitans (consciência, mente) e res extensa (matéria). Acreditava
também que Deus criou o universo como um perfeito mecanismo de moção vertical e
que funcionava deterministicamente sem intervenção desde então.
Matemáticos consideram Descartes
muito importante por sua descoberta da geometria analítica.
Até Descartes, a geometria e a álgebra apareciam como ramos
completamente separados da Matemática. Descartes
mostrou como traduzir problemas de geometria para a álgebra, abordando esses
problemas através de um sistema de coordenadas.
A teoria de Descartes
forneceu a base para o Cálculo de Newton e Leibniz, e então, para muito da matemática moderna.
Isso parece ainda mais incrível tendo em mente que esse trabalho foi
intencionado apenas como um exemplo no seu Discurso Sobre o
Método.
Geometria
O interesse de Descartes pela matemática surgiu cedo, no “College de la Flèche”, escola do mais alto padrão, dirigida por jesuítas, na qual ingressara aos oito anos de idade. Mas por uma razão muito especial e que já revelava seus pendores filosóficos: a certeza que as demonstrações ou justificativas matemáticas proporcionam. Aos vinte e um anos de idade, depois de frequentar rodas matemáticas em Paris (além de outras), já graduado em Direito, ingressa voluntariamente na carreira das armas, uma das poucas opções “dignas” que se ofereciam a um jovem como ele, oriundo da nobreza menor da França. Durante os quase nove anos que serviu em vários exércitos, não se sabe de nenhuma proeza militar realizada por Descartes.
A geometria analítica de Descartes apareceu em 1637 no pequeno texto chamado Geometria, como um dos três apêndices do Discurso do Método, obra considerada o marco inicial da filosofia moderna. Nela, em resumo, Descartes defende o método matemático como modelo para a aquisição de conhecimentos em todos os campos.
Geometria
O interesse de Descartes pela matemática surgiu cedo, no “College de la Flèche”, escola do mais alto padrão, dirigida por jesuítas, na qual ingressara aos oito anos de idade. Mas por uma razão muito especial e que já revelava seus pendores filosóficos: a certeza que as demonstrações ou justificativas matemáticas proporcionam. Aos vinte e um anos de idade, depois de frequentar rodas matemáticas em Paris (além de outras), já graduado em Direito, ingressa voluntariamente na carreira das armas, uma das poucas opções “dignas” que se ofereciam a um jovem como ele, oriundo da nobreza menor da França. Durante os quase nove anos que serviu em vários exércitos, não se sabe de nenhuma proeza militar realizada por Descartes.
A geometria analítica de Descartes apareceu em 1637 no pequeno texto chamado Geometria, como um dos três apêndices do Discurso do Método, obra considerada o marco inicial da filosofia moderna. Nela, em resumo, Descartes defende o método matemático como modelo para a aquisição de conhecimentos em todos os campos.
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